Ninguém vai me perguntar isso durante a minha estadia nesse planeta, porém eu responderei mesmo assim.
Como é ser eu?
Bem, eu poderia escrever uma história grande, a minha jornada até aqui. Porém eu não consigo creditar emoção a mais nada, tão pouco às minhas palavras.
Ser quem sou, é ser triste.
É pensar que tenho talentos mas não saber como usa-los.
É lembrar dos sonhos e perceber que vivo um pesadelo.
É sorrir e sentir que estou me enganando.
É chorar e sentir que estão me cortando.
Ser quem sou, é não saber quem é.
É não entender o sentido da existência.
É não ver porque continuar a viver o próximo dia.
É perceber como meus problemas residem na minha mente e perceber que não sou capaz de livrar.
É saber que eu não sirvo mais para nada.
Ser quem sou é como ser qualquer um.
Não sou especial, não sinto ser e talvez nunca seja.
Vejo os dias passarem tão rápidos.
Sinto desperdiçar cada minuto.
Perco a vontade de viver logo quando abro os olhos e começo a ouvir.
Ouvir.
Eu fui sorteado na loteria da vida para ser um maldito misofonico.
Vivo em uma selva. Os sons que chegam até meus ouvidos sem eu desejar.
Minhas irritações, o cansaço, o desespero, o descontrole.
Pessoas que não entendem, acham que é fácil, acham que apenas precisam de um esforço.
Não sabem que a cada instante que preciso me esquivar, preferiria sofrer uma dor que talvez parasse os sons, parasse o estresse.
Não há para onde correr. Não adianta mudar. Não adianta tentar pensar em algo.
Estou condenado a sofrer esse maldito desconforto para sempre. Sempre.
Para que continuar se quando amanhecer eu voltarei a ouvir os sons, voltarei a usar fones com o volume no máximo tentando achar alguma lógica para simplesmente não partir.
Deixarei que todos pensem que está tudo bem. Vai estar tudo bem. Vai ficar tudo bem para todos.
Como é ser você?
É complicado, e muito. Há dias que eu também penso que não vou resistir, que desejo amargamente a morte mais rápido. Mas logo me lembro que um amigo bem próximo me disse que o tamanho de nossas batalhas são do tamanho de nossas forças e se por um acaso pensarmos em desistir, devemos nos lembrar do quanto crescemos com as lutas passadas.
ResponderExcluirNão desista, ainda há uma saída!!!
Sempre há uma saída Nara, nós sabemos disso. Como em um velho texto que tem nesse blog diz "Todos ainda vagam pelo jardim do esquecimento. Desconhecem as fugas, a morte. Não sabem que estão vivendo, tão pouco lembraram de olhar para trás e saber que a entrada é também uma saída." Fazer o que se é tão fácil saber das teorias mas a prática é impraticável... Não desistirei, não desistiremos.
ExcluirComo é ser eu? "É sorrir e sentir que estou me enganando. É chorar e sentir que estão me cortando." Ser tudo e não ser nada, ou melhor, me sentir nada. Estou sempre cansada, de tudo, pensando que não vou conseguir dar o próximo passo. Não sei ao certo, mas boa parte desse texto me resume, mas uma hora tudo fica bem ou pelo menos a gente finge que sim. Continuamos lutando, ainda venceremos.
ResponderExcluirQue profundo e triste, agora estou me perguntando como é ser eu, ser eu é viver entre felicidade e tristeza, é não saber se um dia ficarei bem e feliz pra sempre, é temer a tristeza, mas ela sempre vem e com frequência, com ela vem os problemas, as inseguranças, os medos e fico nesse eterno ciclo. Ser eu é tenso, não desejo pra ninguém ser assim...
ResponderExcluirDolorido... É aquela coisa, um dia de cada vez.
ResponderExcluirSuper beijos,
Neila Bahia - Blog Insanos Dezembros ♥