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Mostrando postagens de maio, 2022

Cento e tantos dias

Eu estou quebrado. Na verdade, estou estilhaçado. Hoje eu consigo ver todos os meus pedaços espalhados por aí. Sendo pisoteados, chutados e varridos em meio a poeira da escuridão. Eu mesmo me quebrei. Percebi que estava ruim como um alimento vencido, fazia mal mas, mesmo assim, continuei. Me arrependi. E como o arrependimento é doloroso. Isso prova o quanto eu não sou fiel a mim mesmo. Pois, cometer erros, falhas seguidamente catastróficas, mostra que não tenho capacidade de fazer o óbvio e o mínimo. Agora a minha dor é proporcional. A mente está com os pilares fracos, finos e falsos. Sustentando mais peso a cada dia, derivados da culpa que nunca dorme, de uma tristeza que nunca some e uma saudade que nunca morre. O corpo falha. Está cheio. Transborda. Me sinto gasto, velho, passado. As vezes nem sinto. Tudo se arrasta. Da água ao pão. Do ódio às lágrimas. Do pensamento à fala. Das palavras ao silêncio. Da paz ao desespero. E eu desisti porque compreendi. Não corri. Não liguei. Não me