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Mostrando postagens de junho, 2018

Olhando para o nada e fingindo que entendo.

Você pode ouvir esse texto narrado aqui --- Escrevo e apago. Suspiro. Coloco as mãos no rosto, olho por entre os dedos achando que acordei com 9 anos. Escrevo 44 linhas e apago. Eu estou me matando. Uma dor a cada batimento cardíaco.  Minha mente me confunde, eu tento quebra-la em pedaços para entende-la mas eu falho sempre. Onde está aquele jovem tão feliz? Onde está aquela pessoa com amigos e amor pela vida? Realmente me perdi a anos, me perdi tão longe que não da pra saber onde e como foi. Repito erros, repito medos, repito fracassos e não consigo tirar o pé desse buraco. Então eu retorno para esse lugar que criei na minha mente, para escapar da realidade. Reduzindo as expectativas a cada dia. Agora tenho certeza que boa parte da minha vida é um lugar escuro, frio e chuvoso. Gradualmente eu vou esvaziando.  O tempo é meu aliado, mas insisto em virar a

Foco.

Onde está a luz? Onde está o contraste? Estou completamente fora de foco. Eu fui esquecido pelos amantes, aqueles que de alguma forma ou outra já contatei na vida. Estou caído e não há ninguém por perto. Ninguém. Se aqueles momentos, todos aqueles momentos pudessem ser vividos novamente, talvez agora, pudesse ter alguém por perto. Mas eu faria outras escolhas? Eu assumiria os erros, as consequências? Eu preciso ouvir, me ouvir. Preciso ver e me ver. Preciso saber o que é real e o que não é, preciso aprender quando minha própria mente está mentindo para mim. Eu preciso ser mais, muito mais que esse medo que me enfrenta e me derrota. Preciso acordar desse pesadelo ou levantar desse chão frio.