Pular para o conteúdo principal

Escape.


Então acontece um fechar de olhos. A fuga.

Uma procura, um desejo. A percepção detalhista, estando acima das esferas e sentindo no ar a mudança. Relembre ontem, a sua mão procurando a minha. Os sentimentos atravessando os corpos. Os sorrisos inegáveis. A lua surgindo. A noite abraçando-nos. A criação da eternidade. As possibilidades. O sol que irá brilhar, a neve que ira derreter. A fluidez do desconhecido percorrendo o universo.

Então acontece um abrir de olhos. O retorno.

As coisas não mudaram, estagnação. Você pode escolher outro sofrimento, outra dor. 
Caindo sem sentir, através de coisas complexas. Estamos nos perdendo em ecos que nem sabemos quem gritou. O choro, a inocência perdida. Os enterros de um caos mental, em crônicas da vida. As memórias colidindo, o tempo sumindo.

Círculo, infinito.

Comentários

  1. Fechamos os olhos numa tentativa frustrada de fugir da realidade, mas quando abrimos novamente está tudo lá, como sempre foi. Não há saídas. E se repete o círculo.

    Com carinho,
    Conto Paulistano.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. A lenda diz que você quebra o círculo quando fecha os olhos e sonha com um mundo novo. Uma pena que isso aconteça apenas quando entramos no sono eterno :( Obrigado por aparecer, Selma :) Abraços.

      Excluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

LÁGRIMAS

Eu não entendo se chorar faz bem ou mal. Tecnicamente, ficamos desidratados, não é? Bem, a questão nem é o choro, mas é interessante algo que acontece quando eu dou muita risada: tenho vontade de chorar. As vezes até escapa, algumas lágrimas saem e outras chegam as bordas dos meus olhos. Não sei dizer o motivo, mas acontece. E você? Chora sempre? O que pode me dizer sobre esse maravilhoso fenômeno que muitas vezes é inexplicável? Quando posso, deixo acontecer. Sozinho, eu fico imaginando o que me aflige dessa forma estranha, mas nada vem à minha mente. Parece mentira ou obra do universo conspirando contra meu ser. Mas essas lágrias não caminham sem justificativa, né? Uma vez conheci um humano por acaso. Este tinha alguns interesses totalmente diferentes dos meus e não se dava ao luxo de demonstrar o que lhe agradava. Enfim, eu fazia meus esforços em relação a comédia e besteiras do cotidiano em busca de uma aproximação com o ...

Apenas eu

Não me incomodo mais com humanos que apenas nutrem seus vazios com vazios contornados por enganação. O conhecimento está ai para quem quiser e não serei eu quem fará seres insignificantes terem interesse. Apenas quero aproveitar as invenções, as composições e canções que estão espalhadas pelo mundo. Poderia ouvir aquela música maravilhosa por anos, até compreender seu significado mais profundo e um dia talvez, conseguir fazer algo muito parecido sem ter medo de mostrar ao mundo a minha visão dele mesmo. Que os outros ainda busquem o que quiserem sem interferência. Estão livres e tem seus direitos. Uma pena que interesses simples, diferentes, façam com que surjam desavenças. Queria poder olhar para o lado e sorrir com algo novo, mas apenas consigo sorrir com minhas lembranças velhas, que um dia sairão da minha mente. Sozinho e perdido, procurarei sentido em cantos que já fora abandonados por aqueles que agarraram-se na vida fantástica. Arrependimento pode até vir, mas ele n...

Considero, agora

Atormentado. Eu quebrava promessas, eu fantasiava asas douradas e voos sobre os humanos imutáveis. Hipnotizado. Eu me comprometia, estava apto para os senhores tolos. Existia uma variação. Um tipo de caçador desconhecido pelo próprio ser. Caçava por miragens, mergulhava nas ignorâncias e não me importava com o resto das pedras. Posso relatar um vasto caminho que eu nem trilhei, apenas vi nos olhos dos que retornavam. Achava incrível perceber como as pessoas gostavam de errar, eu aprendi com elas mas fazia questão de quebrar minha própria vida apenas para sentir uma dor que mal chegava na minha pele. As ilusões acenando, e novamente promessas de engano. Nós construíamos impérios em cima de cemitérios. Fazíamos milhares de reis, dávamos o trono, dávamos o poder e então fazíamos sofrer. Todos ainda vagam pelo jardim do esquecimento. Desconhe...